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11.25.2009

Dr. Pipa's visita o Brasil

Notícias da visita do Dr. Pipa ao Brasil.
No relato ele comenta a visita a Recife.
Segue:
Dr. Pipa's Trip to Brazil     From its inception, Greenville Presbyterian Theological Seminary has been committed to training men for the mission field.  Today students and graduates represent twenty foreign countries. Brazil leads all countries in the number of students and graduates. The Presbyterian Church of Brazil has more than 850,000 members. There are four factions in the denomination: liberals, charismatics, broad evangelicals, and the Reformed party. The reformed group is growing and by God’s grace Greenville seminary in playing a role. I recently completed a seventeen day trip to Brazil, where I ministered in four different cities.

            ThM student Samuel Vitalino organized the trip. I preached and lectured at the second annual conference on the Reformed Faith. The conference met in three different cities. The first meeting was in Teresina, where Samuel is pastor of the First Presbyterian Church.  I arrived Saturday afternoon, Oct. 10 (without my luggage), and was told I was to speak that night to a large group of young people. I used the opportunity to give my testimony and used it to present the gospel and to derive some lessons for young people. Sunday I preached three times at three different churches (twice on 1 Cor. 1:30, 31, The Beauty of Grace; once on Mark 3:20-28, The  Unpardonable Sin).  I also taught a Sunday School class on how to listen to a sermon.  The conference began on Monday evening.  The theme was the Centrality of Christ.  The other conference speaker was Pastor Hernandez Dias Lopes.(He is the television preacher for the Presbyterian Church of Brazil.) I gave five messages: The Kingship of Christ (Ps. 93); the Humiliation and Exaltation of Christ (Phil. 2:5-11); the Redeeming Work of Christ (Rev. 5:9, 10); Union with Christ (Col. 3:1-4); and Preaching Christ (1 Cor. 2:1`-5).  About five hundred people attended the conference.


Reformed Books Sold

Hundreds of copies of reformed books were sold at the book table at the Terrissina Conference.
          The second conference began in Vitoria at the First Presbyterian Church on Wednesday night, Oct. 14, but I did not speak until Friday. Pastor Hernandez Dias Lopes, who shared the conference with me in Teresina is pastor. At this conference I gave three lectures on Calvin: Calvin as a pastor; Calvin as a preacher; and Calvin on worship. Again about five hundred people attended the conference.  I preached twice on the Lord’s Day (about seven hundred in attendance) and gave the seminar on how to listen to a sermon.

The Church in Vitoria
The Church in Vitoria
    On Monday, Oct. 19, we made our way to Recife, where I gave the three lectures on John  Calvin.  The lectures were sponsored by the Puritan Project. Monday and Tuesday night the lectures were at the newly renovated Puritan Project building; (picture) the Tuesday morning lecture was at the Presbyterian Seminary in Recife.  In Recife, I was able to spend time with one Greenville alumni, Rodrigo Brotto, assistant pastor at First Presbyterian Church (Dr. Smith’s uncle played a role in the formation of this congregation), and two advance degree students Claudio Albuquerque, a ThD student, who is senior pastor of the First Presbyterian Church, and Francisco Cardosa, ThM student, who pastors a newly formed congregation in Recife.

Puritan Project

New Meeting Hall at the Puritan Project Building; Dr. Manoel Canuto co-founder of the
Puritan Project leading in prayer


        The last leg of the trip was in Belo Horizonte, where I preached at the First Presbyterian Church, pastored by Ludgero Bonilha Moraes, who is also the stated clerk of the Presbyterian Church of Brazil.  Here I gave the messages on the centrality of Christ and also one lecture to seminarians and ministers on Calvin as a preacher. I preached twice on the Lord’s Day to over seven hundred people.

Brottos and Vitalinos

GPTS Alumni Rodrigo Brotto &  Samuel Vitalino with their families
    Greenville Seminary has a keen interest in the spread of the gospel and the Reformed faith in Brazil. During the past few years Drs. Smith, Knight, Shaw, Scipione, and Curto have ministered in Brazil. In addition to the men who have returned to Brazil, we have one other graduate, Emilio Garafalo Neto, who is doing doctoral work at Reformed Theological Seminary in Jackson, Mississippi. Two men continue their work on campus: Paulo Brasil e Sousa, ThD in Old Testament, and M Div student, Breno Macedo.  When I was in Brazil I made contract with two men who, God willing, will study with us.

     By God’s grace Greenville Presbyterian Theological Seminary is having an influence in the Presbyterian Church of Brazil. Your support allows us to train these men.  They all receive full tuition scholarships and we help them with their living expenses. Please keep them and the church in Brazil in your prayers.


11.19.2009

Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador! É isso mesmo?


Podemos aceitar que existe um sentido genérico do amor de Deus. Ele demonstra e fala de amor ao mundo, à humanidade, à sua criação. Como calvinista, não tenho nenhuma dificuldade em aceitar isso. Temos que entender, porém, que no sentido salvífico (a salvação eterna da perdição e condenação do pecado) o amor de Deus é derramado exclusivamente sobre o seu povo e, individualmente, sobre os que ele eficazmente chama para si. Sobre aqueles que responderão, ao chamado eficaz, abraçando a Cristo como único e suficiente Salvador.

A frase "Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador", entretanto, por mais que seja proferida e repetida, é uma forma simplista de expressar uma situação complexa, pois realmente é impossívelseparar o pecado do pecador, como se o pecado fosse uma entidade com vida independente, que apenas se utiliza do corpo e da mente do praticante.

Tiago (1.12-15) nos ensina que o pecado é gerado dentro das pessoas, partindo da própria concupiscência, externando sua prática em um relacionamento "simbiótico" (de dependência mútua) com o praticante. Sem barreiras e controles, enfim, sem a redenção, leva à morte.

O pecado é algo odioso em suas manifestações. Estas são verificáveis nas pessoas, pecadoras, sem as quais ele é indescritível e amorfo.

Em Romanos 9.11-18 a Bíblia fala do "aborrecimento" (ódio) de Deus contra Esaú, contrastando com o amor derramado sobre Jacó. Mas a Palavra de Deus expressa em outras ocasiões (além desse caso específico, de Esaú e Jacó) o ódio ("aborrecimento") de Deus a pecadores. Isso ocorre, porque ele é tanto JUSTIÇA como AMOR.

Por exemplo, no Salmo 11.5, lemos "O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência". Veja que ele não odeia somente a violência (inexistente, sem o praticante), mas "ao que ama a violência" - uma pessoa, o pecador.

Em Pv. 6.16-18 lemos sobre sete coisas que o senhor abomina (odeia): olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre irmãos. Quando lemos essa descrição das "coisas" que o Senhor odeia, vemos que elas não são especificamente "coisas", mas são pessoas que realizam certas ações; a descrição é a de pessoas que Deus abomina. Isso fica bem claro nas duas últimas "coisas" - uma pessoa, ou outra, que é: "testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos".

Não resta dúvida, portanto, que pelo menos nessas instâncias específicas Deus odeia pecadores. Consequentemente, isso deve nos fazer cautelosos de dar uma declaração genérica e abrangente de que ele não odeia pecadores, pois esse ensinamento não pode ser atribuído, dessa maneira, à Bíblia e carece de inúmeras qualificações.

Solano Portela

11.10.2009

11.02.2009

SAC do Divino

Até serviço de atendimento ao cliente criaram para DEUS!!!
Prefiro não comentar...
Link: http://sacdivino.org/

Rememorando a Reforma




 Rev. Alderi S. Matos


Dentro de oito anos será comemorado o 500º aniversário da Reforma do Século 16. Com tantas mudanças que o mundo experimentou nestes últimos cinco séculos, seria o caso de nos perguntarmos: Terá ainda razão de ser o nosso movimento? Justifica-se ainda o protestantismo?





A realidade nos mostra que, passados tantos anos, as verdades fundamentais e solenes redescobertas pelos reformadores continuam sendo desprezadas, tanto fora quanto dentro do movimento evangélico. Podemos exemplificar isso com um dos grandes princípios acentuados pela Reforma: “Solo Christo” ou a plena centralidade e exclusividade de Cristo como único e suficiente Salvador, o único mediador entre Deus e a humanidade.



A igreja contra a qual se insurgiram os reformadores continua hoje, quase meio milênio mais tarde, a negar a Cristo o lugar de honra e exclusividade na fé, no culto e na devoção dos seus fiéis. Por causa da ênfase antibíblica no culto a Maria e aos santos, Jesus Cristo ocupa um lugar inteiramente secundário na vida e devoção de milhões de brasileiros que se dizem cristãos.



Mas as antigas verdades essenciais recuperadas pelos reformadores também têm sido ignoradas dentro das igrejas evangélicas. Se os reformadores voltassem à terra hoje, ficariam chocados com certas doutrinas e práticas correntes entre os evangélicos e com a sua falta de entusiasmo pelas importantes convicções redescobertas no século 16.



Essas razões já são suficientes para justificar a atual relevância e necessidade da obra restauradora realizada pelos pioneiros da Reforma. Um aspecto interessante desses pioneiros é o fato de que eles, embora compartilhassem os mesmos princípios, tiveram diferentes experiências, que os levaram também a diferentes ênfases nos princípios que defenderam.



Gostaríamos de ilustrar três desses princípios através da experiência de três grupos reformados, tomando como ponto de partida os capítulos iniciais da primeira carta de Pedro. Nessa carta, o apóstolo lembra aos cristãos da Ásia Menor os fatos centrais da sua fé (1.3-12) e suas implicações para a vida (1.13-17). Em seguida, ele fala sobre as conseqüências disso para a sua identidade como grupo, como povo de Deus (1.22—2.10). Vemos nesta última passagem três grandes ênfases da Reforma.



1. Graça e fé

O fundamento da vida cristã é o fato de que somos salvos pela graça de Deus, recebida por meio da fé. Deus nos amou, por isso nos deu seu Filho; crendo nesse amor e nesse Filho, somos salvos. Essa é uma das ênfases mais importantes do capítulo inicial de 1 Pedro, especialmente nos versos 18-21, mas também em vários outros versículos. Esse ponto reúne três grandes princípios esposados pelos reformadores: solo Christo, sola gratia e sola fides. Embora não encontremos aqui uma referência explicita à justificação pela fé como nas cartas aos Romanos e aos Gálatas, ela é pressuposta em todo o contexto.



O reformador que teve uma experiência pessoal e profunda dessas verdades foi Martinho Lutero. Inicialmente, seu pai desejou que ele seguisse a carreira jurídica. Um dia, ao escapar por pouco da morte, fez um voto a “Santa Ana” de que entraria para a vida religiosa. Ingressou em um mosteiro agostiniano e pôs-se a lutar pela sua salvação, sem alcançara a paz interior que tanto almejava. Até que, ao estudar a Epístola aos Romanos, deparou-se como a promessa de que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Teve uma nova visão de Deus e da salvação. Esta já não era o alvo da vida, mas o seu fundamento. Essa nova convicção o levou a questionar a teologia medieval e a iniciar o movimento da Reforma.



Isso nos mostra a importância de uma vida de fé, na plena dependência da graça de Deus, mas também de uma vida de compromisso, que se manifesta na forma de frutos que honram a Deus.



2. A Palavra de Deus

A seção seguinte de 1 Pedro contém outra ênfase importante dos reformadores: a centralidade da Palavra de Deus (1.23-25). A Palavra de Deus é a mensagem que nos fala da graça de Deus e da redenção realizada por Cristo, e nos convida a crer nesse amor. Essencialmente, é o “evangelho” (verso 12), também descrito como a “verdade” (verso 22). Essa palavra ou evangelho é viva, permanente e eficaz porque é a própria “Palavra do Senhor”.



Se o item anterior nos faz pensar em Lutero, este nos lembra de modo especial João Calvino. Calvino não teve uma experiência dramática de conversão como Lutero. Sua experiência foi profunda, mas sem grandes lutas interiores. Ele mesmo pouco escreveu sobre o assunto, dizendo apenas que teve uma conversão repentina (“conversio subita”). Mas desde o início esse reformador foi tomado por uma forte convicção acerca da majestade de Deus e da importância da sua palavra. Calvino foi, dentre todos os reformadores, aquele que mais energias dedicou a estudo e à exposição sistemática das Escrituras – nas Institutas, nos seus comentários bíblicos, em suas preleções e em seus sermões.



Nos seus escritos, Calvino insiste na suprema autoridade das Escrituras em matéria de fé e vida cristã (“sola Scriptura”). Essa autoridade decorre do fato de que Deus mesmo nos fala na sua Palavra. Ele faz uma distinção interessante entre Escritura e Palavra de Deus, ao dizer que é somente através da atuação do Espírito Santo que a Escritura é reconhecida pelo pecador como a Palavra de Deus viva e eficaz.



Esse ponto nos mostra a necessidade de obediência à Palavra do Senhor para vivermos uma vida cristã genuína e frutífera.



3. Sacerdócio real

Finalmente, Pedro fala da grande dimensão comunitária da nossa fé. Unidos a Cristo e alimentados por sua Palavra (2.2-4), somos chamados a viver como edifício de Deus e como povo de Deus (2.5, 9). Nas duas referências, os cristãos são descritos como sacerdócio: “sacerdócio santo” e “sacerdócio real”. A conclusão é óbvia: todo cristão é um sacerdote. Não existe mais a distinção entre sacerdotes e “leigos” que havia no Antigo Testamento, mas agora todos têm acesso livre e direto acesso à presença de Deus, por meio de Cristo. Esse sacerdócio deve ser exercido principalmente em duas áreas: no culto e na proclamação. Todos os crentes podem e devem oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (v. 5); todos os cristãos devem proclamar as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (v. 9).



Os que conhecem alguma coisa sobre a Reforma reconhecem facilmente aqui o princípio do “sacerdócio universal dos fiéis”. Um grupo reformado que ilustra muito bem essa verdade foram os anabatistas. Todos os protestantes valorizaram o sacerdócio universal, mas ele foi especialmente importante para esse grupo incompreendido e horrivelmente perseguido que insistia que a igreja devia ser uma associação voluntária de crentes, inteiramente separada do Estado e caracterizada pela mais plena igualdade e solidariedade entre todos. Uma bela aplicação do ensino de que todo cristão é um sacerdote de Deus.



Esse aspecto nos mostra a importância da comunhão cristã no corpo de Cristo. Como dizia a placa de uma igreja nos Estados Unidos: “Pastor: reverendo tal; ministros: todos os membros”.



Conclusão

A Reforma do Século 16 foi, mais que uma simples reforma, uma obra de restauração. Restauração de antigas verdades que haviam sido esquecidas ou obscurecidas ao longo dos séculos, e agora foram recuperadas. Essa obra deve continuar em cada geração, seguindo um lema dos reformadores: Ecclesia reformata, semper reformanda (Igreja reformada, sempre se reformando).



Louvemos a Deus e honremos a memória dos nossos predecessores na fé resgatando esses valores e vivendo de acordo com os mesmos nos dias atuais. Tornemos nossa fé relevante para os nossos contemporâneos, sem fazer concessões que comprometam a pureza do evangelho de Cristo.




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